No centro da história

08-05-2020

Hoje, na Iª leitura (Act 13,26-33), continuamos a escutar o anúncio que S. Paulo fez aos judeus reunidos na sinagoga de Antioquia da Pisídia. Depois de ter recordado Moisés, Saúl, David, os Profetas e a promessa feita a David, Paulo dá agora atenção ao centro da história: Jesus e o Mistério Pascal (quantos viviam nesse tempo e nem se deram conta daquilo que estavam a viver!).
Um povo que Deus conduziu - hoje diríamos: "nas palmas das mãos" - ao longo de tantos séculos, preparando-o para acolher o Messias, quando Ele chega não é capaz de discernir a sua presença e de o acolher. Pelo contrário: recusa-o e condena-o à morte.
"Mas Deus ressuscitou-O dos mortos e Ele apareceu durante muitos dias". Para Jesus se encaminhavam todos os acontecimentos da história de Israel (e da história do mundo). E do Mistério Pascal surgem todos os acontecimentos do mundo novo inaugurado com Jesus - surgimos nós, povo de baptizados. Não raras vezes, a intervenção de Deus na história surge de um modo claro precisamente quando contraria o agir pecador dos homens. Quando parecia que a morte tinha vencido, eis que Deus intervém: interveio de um modo poderoso, único, ao ressuscitar Jesus.
É por isso que Jesus é o caminho, a verdade e a vida: a meta que queremos atingir (a vida eterna), o caminho que conduz a esse objectivo, e a luz para o percorrer (a verdade). Mesmo a 2 mil anos de distância, que bom que é podermos continuar a viver no centro da história, com Jesus!