Um Deus surpreendente

17-04-2020

Um Deus surpreendente
Esta é uma das características de Deus na Sagrada Escritura e também ao longo da história: Deus é um Deus surpreendente. Certamente, cada um de nós já o experimentou na sua própria existência.
Nós, seres humanos, procuramos programar tudo. Procuramos prever e realizar. Planeamos, para não sermos apanhados desprevenidos. Deus também tem um plano, um "desígnio" ou, numa outra palavra da Escritura, um "mistério": é o desígnio de salvação que, desde o início, Ele arquitectou para que a todos possa chegar a Sua vida em plenitude, que dizer, a salvação.
Esse é um desígnio, como sabemos, todo centrado em Jesus Cristo. Cristo é, por isso, a chave da história universal e a chave da nossa história pessoal.
Mas - sabemos por ler a Bíblia, e sabemos por experimentar na nossa própria existência - estes dois planos (o nosso e o de Deus) nem sempre coincidem: é o fruto do pecado. E Deus, de facto, surpreende-nos, ao ultrapassar os nossos planos e as nossas expectativas, e sempre de modo abundante.
Pedro não hesita em dizer isso mesmo aos chefes dos judeus: "o Nazareno que vós crucificastes, Deus ressuscitou-o"; "Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes, e que veio a tornar-se pedra angular" (Act 4,10.11). E o Ressuscitado manifesta-se aos seus com um pesca abundante depois de uma noite a pescar em vão, e numa refeição preparada à beira-mar.
Estaremos nós disponíveis para estas surpresas de Deus na nossa vida?